Cassiano Ricardo e
Plínio Salgado, que participaram do Verde Amarelismo e da Anta, foram amigos
por toda a vida, apesar de politicamente terem divergido, pois, Plínio Salgado,
em 1932, criou o pluralista, enquanto Cassiano Ricardo, em 1936, fundou a
Bandeira, um movimento de cunho fascista, que acabou cooptado pelo totalitário
Estado Novo, de Getúlio Vargas, em 1937.
No seu Livro de
Memórias, Cassiano Ricardo, nos dá um “3 x 4” de Plínio Salgado:
“Caipira do Vale do Paraíba mas civilizado; pode-se incluir na família
intelectual de Lobato e Euclides pelo feitio pessoal, teluricamente brasileiro.
Inquieto, instantâneo para escrever; mas a um só tempo, capaz de graves
reflexões sociológicas, artísticas, “poiéticas” que exigiam vagar. Vivo como
corrupira no seu poder de invenção, era cinético no seu convívio. Capacidade de
comando e de proselitismo. Mas esse já é outro capítulo que não cabe nos idos
do grupo Verde-Amarelo ou do Correio Paulistano. Nem nessa ficha de identificação”.
RICARDO, Cassiano. Viagem no Tempo e no Espaço. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1970; XVI + (1) + 330 págs. Transcrição da pág. 35,
nota 1.
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