terça-feira, 28 de março de 2023

Um grande documento (04/02/1936)

 

Esclarecimento: A publicação do Artigo abaixo só foi possível graças a generosa colaboração do Prof. Paulo Fernando, conhecido Líder Pró-Vida, profundo pesquisador da História do Brasil, possuidor da maior Pliniana existente, que nos permitiu o acesso a sua Hemeroteca; e, atualmente, é Deputado Federal pelo Distrito Federal.  Aos que desejarem conhecer mais o trabalho do Prof. Paulo Fernando indicamos: https://www.instagram.com/paulofernandodf/

Um grande documento (04/02/1936)

PLINIO SALGADO

A entrevista que o sr. Felinto Muller concedeu a esta folha, domingo último, é um documento da maior relevância, não só pelo seu contexto, como pelo fato de partir de uma autoridade da República, digna do máximo respeito de todos os brasileiros, pelos serviços que tem prestando, fora e acima dos partidos, nos supremos interesses da ordem pública e da honra nacional.

O sr. Felinto Muller é e brasileiro de cerne, cioso pelos brios da sua Pátria, clarividente na sua atuação, firme e seguro nos seus propósitos de extirpar do organismo do país os elementos que tentam decompô-lo e destruí-lo.

Os integralistas, mais do que ninguém e, talvez, na massa civil, apenas os integralistas, poderão dizer do que tem sido a ação desse homem enérgico, infatigável, vigilante e tenaz. Porque, em meio às multidões dos displicentes, dos comodistas, dos eternos otimistas que não creem nos perigos que ameaçam a Nação, os integralistas trabalham pela ordem, sacrificam-se pelas famílias, morrem muitas vezes no cumprimento do seu dever para com o povo brasileiro. E, como, nesse mistér sagrado, os camisas-verdes costumam estar sempre insones às horas graves e sempre atentos em lugares arriscados, só eles entre os civis, podem afirmar que, também, nas horas incertas e circunstâncias ásperas, sempre encontraram o chefe de Policia da Capital da República, inalterável no seu humor de bravo, sereno no cumprimento da mais nobre missão, que é zelar pelas famílias, pelos lares, enquanto os políticos fazem a sua politica e a burguesia boceja tranquilamente.

A palavra do capitão Muller, fazendo justiça ao Integralismo, atestando, as qualidades da mais competente das autoridades no caso em apreço, vale por um "veredictum" da própria Historia.

É um documento que ficará para os filhos, os netos e bisnetos dos camisas-verdes. É um ferro em brasa sobre todos os que neste grave instante do país, pretendem perseguir, caluniar, humilhar e condenar o Integralismo, apontando-o como extremismo, justamente porque extremo é o sentimento de amor ao Brasil e à honra da Pátria no coração dos camisas-verdes,

Podem agora os políticos se mexerem. Podem pedir o fechamento da Ação Integralista. Podem concertar planos para destruir essa luminosa força da Nacionalidade, que é a juventude magnífica do Sigma. Podem torturar os caboclos, os operários, os estudantes que vestem camisa-verde.

A palavra do chefe de Policia da Capital da República vale como uma condecoração ao valor dos bravos.

Ela repercutirá por todo o território nacional. Servirá de elemento de provas aos juízes e tribunais. Orientará as consciências, esclarecerá os espíritos.

Grande palavra e grande julgamento, grande atestado da legalidade integralista.

Grande documento, não por ser de um chefe de Polícia apenas, mas por ter sido firmado por um homem de bem, de bravura, de lealdade, o único que pode testemunhar a atuação dos camisas-verdes, porque os camisas-verdes são os únicos que podem testemunhar quem é e o que tem sido para o Brasil o capitão Muller,

 

Publicado na A OFFENSIVA em 04 de Fevereiro de 1936.

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