Manoel Ferraz Hasslocher junto ao Chefe Nacional Plínio Salgado |
Embora Plínio Salgado, Chefe Nacional da Ação Integralista Brasileira,
tenha, mais de uma vez afirmado em artigos, livros, discursos e conferências,
que os regimes ditatoriais só são aceitos por povos bárbaros, os adversários
ignorantes e inescrupulosos do Sigma ainda procuram atacar o movimento dos
“camisas verdes” dizendo-o ser antidemocrático. Essa a pecha com a qual
procuram comprometer o Integralismo perante o povo brasileiro. Porém o Chefe
Nacional tem sabido com fatos concretos, materiais, destruir tal afirmação a
todo momento fazendo os seus soldados participarem da responsabilidade de
orientação e de direção do movimento integralista.
O plebiscito realizado no mês de maio é uma das provas mais evidentes e
tocantes de que o Chefe Supremo confia, de modo absoluto no critério, no bom
senso, na honestidade e na consciência de seus comandados porque só a eles
entregou a solução do gravíssimo problema concernente à escolha de um candidato
que, nas próximas eleições presidenciais, deverá comparecer perante o
eleitorado do país, desfraldando a bandeira Azul e Branca dos princípios
fundamentais da Doutrina do Sigma.
Por isso, em todos os núcleos do Brasil, no mesmo dia e na mesma hora,
os “camisas verdes” foram chamados a dizer, alto e bom som, sem constrangimento
de qualquer espécie, livremente manifestando o seu pensar, qual o companheiro
que julgavam dever representá-los como candidato à Presidência da República na
próxima jornada eleitoral.
Esse o mais vivo e puro ato de fé e confiança democrática já praticado
entre nós pela Chefia de quaisquer dos movimentos ou partidos políticos em
outros tempos existentes, ou que ainda atuem no cenário nacional. Eis porque
não poderá haver candidato mais democrático do que aquele que se originou desse
plebiscito. Pois este não é fruto de conchavos, de combinações partidárias, de
acordo entre governadores representantes de oligarquias regionais, porém a
verdadeira expressão do querer de mais de oitocentos mil brasileiros que o
apontaram à Nação como digno e capaz de conduzi-la para o seu engrandecimento e
glória.
Plínio Salgado é, portanto, o único candidato do Povo.
Sem contar com a proteção dos palácios, dos magnatas das altas finanças,
dos chefetes eleitorais, ele e os seus adeptos têm trabalhado com desinteresse
e denodo, na realização da mais vasta obra de organização nacional até hoje
planejada no Brasil. Obra essa que já vem sendo executada com grande êxito por
todos os quadrantes do país, através de centenas e centenas de lactários,
ambulatórios e postos médicos, escolas, restaurantes populares, centros de
assistência e muitas outras iniciativas que bem atestam o dinamismo e a
eficiência do pensamento político e social da Ação Integralista Brasileira. E
tudo isso é feito apenas com a colaboração e auxílio de brasileiros. Nem um
níquel si quer, para tal fim, saiu dos tesouros públicos ou das caixas fortes
do Capitalismo Internacional.
Esta a esplendida folha de serviços já prestados à nossa Pátria por
Plínio Salgado, a magnífica credencial com que milhares e milhares de
brasileiros o indicaram à Nação na qualidade de legítimo representante do Povo,
candidato que só ao Povo entrega o destino da sua candidatura à Presidência da
República.
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HASSLOCHER, Manoel
Ferraz. O Candidato do Povo em Anauê! (revista). Rio de Janeiro: Ano
III, Número 17, 1º de Julho de 1937, pág. 11.
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Nota do Blog: Em 1937 houve um plebiscito interno
na Ação Integralista Brasileira para decidir quem os Integralistas escolheriam
para ser seu Candidato às eleições de Janeiro de 1938. O Chefe Nacional Plínio
Salgado saiu vencedor do plebiscito com quase 800.000 votos. O Artigo acima
transcrito é um eloquente documento da Democracia Integralista.
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