sexta-feira, 20 de setembro de 2024
domingo, 1 de setembro de 2024
CARTA DE PLÍNIO SALGADO A RAYMUNDO PADILHA (02/04/1973)
Carta de Plínio Salgado a Raymundo Padilha |
Esclarecimento: A publicação da Carta abaixo só se tornou
possível graças à generosa colaboração do Sr. Bruno Padilha, que tendo
encontrado a missiva na Memorabilia Familiar e percebendo sua importância
histórica, a liberou para divulgação. A Carta em questão acompanhou o exemplar
do magnífico discurso pronunciado por Plínio Salgado, na Câmara Federal, quando
da comemoração dos 40 Anos do Manifesto de Outubro de 1932.
CARTA DE PLÍNIO SALGADO A RAYMUNDO PADILHA
Brasília, 2 de abril
de 1973
Padilha,
não se poderia resumir em 40 minutos a
história e a significação do maior movimento de ideias e de ação prática
realizado no Brasil desde a Independência até nossos dias. Sem precedentes nem
outros posteriores que se lhe comparem, dele muito se tem escrito, ou pelas raposas
malévolas, ou pelos jumentos ignorantes, ou pelos batráquios que se fartam de
coaxar diante do que não entendem. Falta-nos um trabalho sério que seria
dividido nas seguintes partes: I) - O pensamento brasileiro a partir do século XVIII até o
primeiro quartel do século XX; II)- Fundamentos filosóficos do Integralismo;
III) - Sociologia e política integralistas; IV) História do movimento até o
golpe de Estado de 1937 e de 1937 a 1945; V) Influência das ideias integralistas
no país e no exterior. Isto, em linhas gerais, que devem incluir
pormenores relativos a acontecimentos até hoje deturpados.
Talvez
um dia esse trabalho apareça. Por enquanto, temos de nos conformar com resumos,
como esse que lhe envio, com lacunas, saltos, omissões, pois não se poderia
fazer mais num pequeno discurso limitado por exigências regimentais.
Além
disso, o folheto está com muitos erros de revisão, como sejam trocas de letras,
desconcordâncias e até o título do livro do Oliveira Viana que saiu como
"O Caso do Império"...
Em
todo o caso, foi comemorado o "Quadragésimo ano" da nossa encíclica
mais vivida do que falada mas que também trazia ao povo brasileiro "cousas
novas" ("Rerum novarum").
Abraço
velho e novo da velha e sempre renovada amizade do seu compadre.
PLÍNIO
SALGADO