domingo, 1 de setembro de 2024

CARTA DE PLÍNIO SALGADO A RAYMUNDO PADILHA (02/04/1973)

Carta de Plínio Salgado a Raymundo Padilha

Esclarecimento: A publicação da Carta abaixo só se tornou possível graças à generosa colaboração do Sr. Bruno Padilha, que tendo encontrado a missiva na Memorabilia Familiar e percebendo sua importância histórica, a liberou para divulgação. A Carta em questão acompanhou o exemplar do magnífico discurso pronunciado por Plínio Salgado, na Câmara Federal, quando da comemoração dos 40 Anos do Manifesto de Outubro de 1932.

CARTA DE PLÍNIO SALGADO A RAYMUNDO PADILHA

Brasília, 2 de abril de 1973

Padilha,

      não se poderia resumir em 40 minutos a história e a significação do maior movimento de ideias e de ação prática realizado no Brasil desde a Independência até nossos dias. Sem precedentes nem outros posteriores que se lhe comparem, dele muito se tem escrito, ou pelas raposas malévolas, ou pelos jumentos ignorantes, ou pelos batráquios que se fartam de coaxar diante do que não entendem. Falta-nos um trabalho sério que seria dividido nas seguintes partes: I) - O pensamento brasileiro a partir do século XVIII até o primeiro quartel do século XX; II)- Fundamentos filosóficos do Integralismo; III) - Sociologia e política integralistas; IV) História do movimento até o golpe de Estado de 1937 e de 1937 a 1945; V) Influência das ideias integralistas no país e no exterior. Isto, em linhas gerais, que devem incluir pormenores relativos a acontecimentos até hoje deturpados.

Talvez um dia esse trabalho apareça. Por enquanto, temos de nos conformar com resumos, como esse que lhe envio, com lacunas, saltos, omissões, pois não se poderia fazer mais num pequeno discurso limitado por exigências regimentais.

Além disso, o folheto está com muitos erros de revisão, como sejam trocas de letras, desconcordâncias e até o título do livro do Oliveira Viana que saiu como "O Caso do Império"...

Em todo o caso, foi comemorado o "Quadragésimo ano" da nossa encíclica mais vivida do que falada mas que também trazia ao povo brasileiro "cousas novas" ("Rerum novarum").

Abraço velho e novo da velha e sempre renovada amizade do seu compadre.

PLÍNIO SALGADO



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